sexta-feira, 30 de maio de 2014

8 DESAFIOS PARA O PAPA FRANCISCO


               
O Papa Bento XVI disse que “a Barca de Pedro está afundando!” E está mesmo!
            E se afunda é por falta de renovação de ideias, dogmas e práticas, as quais são da Era Medieval (período da História compreendido entre os Séculos V a XV).
            Assim, é óbvio que com todas as inovações tecnológicas, o acesso instantâneo às informações, o consumismo desenfreado, a inversão de valores, predominantes em todas as áreas, em todas as atividades humanas, seria, no mínimo, esdrúxulo, pretender-se aplicar normas de condutas criadas há cerca de 800 anos atrás ou mais.
            Consequência: debandada geral! Os católicos menos fervorosos, mais suscetíveis ou mais influenciáveis, correm para o colo do primeiro falso pastor que acena com a possibilidade de “ganhos fáceis”, mediante “aplicações financeiras do dízimo”, ou seja, o indivíduo paga o dízimo (para Deus – que na prática é o próprio pastor ou a Instituição que ele representa) e Deus (nesse caso, só Deus mesmo – o pastor e sua Instituição ficam de fora da obrigação), devolvem o “investimento”, na forma de melhores condições de vida, bons empregos, salários mais altos, promoções, lucros fáceis, etc. É como comprar “bilhete premiado!” Os anos passam e os “trouxas” continuam caindo no “velho golpe”, por pura ganância!
            Muita gente “esperta” já perdeu todos os bens para essas igrejas minúsculas! Mas isso, é um outro assunto!...
            Assim, queira ou não, a Igreja Católica, bem como as demais Instituições religiosas tradicionais, acabaram cedendo muito espaço para os “Estelionatários da Fé” que, hoje, têm grande poder econômico, são proprietários de grandes redes de meios de comunicação, sobretudo televisão aberta, fazendas, empresas de diversos ramos de atividade, ou locam espaço em emissoras de grande audiência para prosseguirem com seus processos incansáveis de lavagem cerebral e consequente extorsão dos incautos, os quais, acabam por merecer o tratamento que recebem, simplesmente porque buscam tais opções por pura ganância, em busca de dinheiro fácil, achando que o pastor realmente merece credibilidade e vai “barganhar com Deus” para que cada real de dízimo pago, renda, pelo menos, o dobro! Um verdadeiro absurdo!
            Na realidade, todos eles só estão explorando a ganância e a ignorância dos seus fiéis, pobres incautos!!!
            Assim, para evitar essa debandada inconsequente, a pedofilia e uma série de outros males e absurdos, ficou claro que a Igreja Católica Romana precisa se atualizar, urgentemente, sobretudo nos seguintes quesitos básicos:
1)      Acabar com a obrigação do celibato para padres e outros religiosos, mantendo-se, talvez, a obrigação para aqueles que pretendam seguir a carreira eclesiástica, tais como: Bispos, Arcebispos e Cardeais, permitindo-se, portanto, que aqueles que queiram permanecer apenas como padres, ao longo de suas carreiras religiosas, possam se casar, se assim o quiserem.

2)      Permitir que pessoas que já foram casadas, ainda que na Igreja, possam se casar novamente (na Igreja), sem qualquer tipo de restrição ou excomunhão, haja vista que o casamento só poderia ser considerado “eterno, até que a morte os separe”, em outros tempos, longínquos, quando a expectativa de vida das pessoas era de 30 ou 40 anos, nada, além disso. E não hoje, quando, graças aos avanços da medicina e da qualidade de vida das pessoas, pode-se viver até mais de cem anos!

3)      Banir, dentro da Igreja, o preconceito contra a opção sexual das pessoas (homens e mulheres), haja vista que, historicamente, era mais comum haver homossexualismo dentro das instituições religiosas (conventos e seminários), do que fora deles! Portanto, fica claro que a Igreja Católica não tem qualquer “moral” para criticar as opções sexuais e condutas alheias.

4)      Ao contrário: a Igreja Católica tem a obrigação de combater todo e qualquer tipo de preconceito, inclusive o sexual, de forma que os padres e demais religiosos deveriam deixar de ser hipócritas e passarem a tratar os homossexuais como pessoas, verdadeiros filhos de Deus, tanto quanto eles mesmos e não como aberrações da sociedade ou doentes, até porque, só uma cabeça extremamente doentia, quer seja de padre, pastor, Papa, ou leigo, pode achar que a homossexualidade é doença, castigo de Deus ou coisa que o valha!

5)      Acabar com a condenação e o repúdio público e notório ao uso de métodos contraceptivos ou de sexo seguro, sobretudo, de preservativos, laqueaduras e vasectomias, insistindo em defender, equivocadamente, o sexo meramente procriativo, sem qualquer tipo de planejamento familiar, ou seja, sem limites para o tamanho da família (prole), ignorando totalmente todas as dificuldades e responsabilidades milenares que implicam no ato de se por uma criança no mundo, sem qualquer tipo de planejamento ou infraestrutura. Pior que isso: ignorando os riscos que todas as pessoas correm de contraírem DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), sobretudo a AIDs, e outras tantas que podem levar ao óbito.

6)      Sair do plano da teoria, das Encíclicas e outros documentos oficiais a Igreja, e partir para a prática,defendendo, protegendo e amparando, de fato e de direito, todos aqueles que são realmente menos favorecidos, exilados, refugiados, desabrigados, ou desalojados, em decorrência de guerras, ditaduras, revoluções ou catástrofes naturais, comparecendo “in loco”, oferecendo amparo, proteção e novas oportunidades de uma vida digna e confortável, longe dos infortúnios de qualquer espécie.

7)      Deixar de ignorar, ou seja, de ser indiferente ao sofrimento de minorias que são subjugadas, maltratadas e perseguidas, principalmente mulheres e crianças, que são mutiladas ainda bebês, sob a falsa alegação de que são rituais ditados e exigidos por Deus, em seus livros pseudo-sagrados, sobretudo, em países onde predominam ditaduras teocráticas adeptas das mais diferentes e esdrúxulas crenças, que, por suas práticas absurdas que atentam contra a liberdade de escolha e a integridade das pessoas, não passam de instituições demoníacas, que obviamente nada têm de sagrado ou sublime! Muito pelo contrário!

8)      Exigir das Nações Unidas e demais instituições comprometidas com a Paz e com os Direitos Humanos, que atuem de forma veemente no combate a todo tipo de atentado ou agressão aos Direitos Humanos de quem quer que seja, em todos os rincões do planeta Terra, até que todos esses males, praticados sob qualquer título ou alegação, sejam erradicados definitivamente da superfície terrestre!
Caso nenhuma dessas providências seja tomada, o mais rápido possível, em breve a fé católica ou o cristianismo serão apenas mais uma citação na História da Humanidade! Afinal, não haverá mudanças sem reavaliação de conceitos e preconceitos, e, consequentemente, não haverá evolução sem mudanças!


LUIZ RORATO – Escritor, poeta, artista plástico, inventor, ilustrador, revisor, Bacharel em Administração de Empresas, Contabilista, Empresário, Presidente da Abracem – Associação Brasileira de Amparo às Crianças e aos Maiores Abandonados, membro da APEP – Associação Paranaense de Escritores e Poetas