O Brasil, principalmente, depois da ascensão do PT ao poder
tornou-se, a olhos nus, uma gigantesca “casa de tolerância” de proporções
continentais, literamente falando, haja vista a lista interminável de
escândalos na área política, durante este período, envolvendo, principalmente,
políticos petistas ou de partidos aliados.
Quando alguém comenta isso ou qualquer escândalo petista
numa reunião social qualquer, imediatamente aparecem eleitores ou petistas,
rancorosos, muitas vezes gritando, é mais no tempo do FHC isso também existia,
só que era encoberto.
Daí eu pergunto: encoberto por quem, se as dezenas de
escândalos políticos ocorridos nos últimos 10 anos, envolvendo essa gente,
foram investigadas e denunciadas pelo Ministério Público, pela Polícia Federal,
pela Procuradoria Geral da República e pela Imprensa, de modo geral?
Será que no governo tucano, o FHC tinha tanto poder que era
capaz de manter todas as instituições omissas, caladas diante das supostas
irregularidades e escândalos que estariam ocorrendo “por debaixo dos panos”?
O sujeito tem que ser muito leviano, ingênuo, ou estúpido
mesmo, para acreditar numa asneira dessas, pode ter certeza.
Se hoje, denuncia-se, em média, um escândalo de grandes
proporções por dia, no Brasil, é porque, hoje acontece um escândalo por dia,
desde vereadora petista de Ponta Grossa que simula o próprio sequestro, a ministros,
deputados, prefeitos, governadores, chefes de gabinetes da presidência da
República, chefes de gabinetes e assessores de ministros, dirigentes de
estatais petistas ou de partidos aliados, integrantes do governo, acusados de
corrupção, desvio de dinheiro público, peculato, evasão de divisas, formação de
quadrilha, e assim por diante.
Foi justamente desse meio, como diria o Faustão, que
nasceram os escândalos do Mensalão, dos aloprados, além de um série incontável
de outros, menos volumosos, mais igualmente vergonhosos, para todo cidadão
descente, que ama e respeita o seu país, e não o trata como propriedade
privada.
Aliás, é exatamente nisso que reside a lógica esquerdista -
marxista – vale dizer petista – que condena tanto a iniciativa e a propriedade
privada, instituições defendidas pelo capitalismo, como se fosse um monstro que
assola o país e o mundo, gerando miséria e transferência de riquezas para os
mais abastados em detrimento dos menos favorecidos.
Na realidade, como aconteceu durante décadas na extinta e
falida União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - URSS, e ainda acontece em
Cuba e na China, o que eles pretendem é pura e simplesmente socializar o
trabalho e privatizar o capital, segurando o máximo possível de riquezas em
suas próprias mãos, perpetuando-se no poder, ou seja, o povo e os empresários
trabalham e produzem riquezas, e eles, o poder o birô, , arrecadam o máximo que
podem, e vivem na berlinda, às custas dos otários de todos os níveis. Seria o
céu para eles, e o inferno para nós. Uma beleza, não?
É por isso, aliás, que o Lula sempre insistiu que tinha um
sonho de que 11 milhões de famílias recebessem a Bolsa Família. Ora, é fácil de
entender esse raciocínio: 11 milhões de famílias, são 44 milhões de pessoas,
melhor dizendo, de eleitores, literalmente, comendo nas mãos do Lula, do PT, ou
seja, lá de quem for o petista que estiver no poder.
Ora vejam: o Lula elegeu-se duas vezes com cerca de 42
milhões de votos. A Dilma também não passou disso. Logo, é a fórmula mágica
para perpetuar o PT no poder.
E os incautos acreditando que o Lula era o bom samaritano
que queria combater a pobreza no Brasil. Aliás, até prêmios internacionais ele
ganhou por isso. Quanta ingenuidade!
A Dilma, está sendo mais ambiciosa neste quesito, haja
vista que já existem mais de 50 milhões de beneficiários do Bolsa Família,
recebendo as benesses do governo petista, sem qualquer critério.
Assim, não é preciso ser nenhum gênio para entender que a
Bolsa Família, que, no governo anterior, chamava-se Bolsa Escola, e tinha um
objetivo nobre de acabar com o trabalho infantil e colocar as crianças na
escola, obedecendo a critérios rígidos, de comprovação de frequência e
aproveitamento, das crianças, nas aulas, passou a ser uma “moeda de troca”, uma
barganha, ou seja, o maior e mais vergonhoso esquema de compra de votos da face
da terra. Nada além disso! E tem incauto que aplaude!
Eu, por exemplo, gostaria de ser Presidente, e um dos
maiores sonhos que eu poderia ter seria justamente o contrário: ou seja, que o
Brasil não tivesse um cidadão que fosse dependendo das benesses do governo.
Pelo contrário, que todos tivessem trabalho, quer seja como empregados,
profissionais liberais, autônomos ou empresários, ganhando e vivendo
dignamente, sem precisar se sacrificar, como ocorre hoje, para viver
miseravelmente, ganhando mal e porcamente para pagar as contas, sem sobrar
dinheiro para o lazer, viagens, acesso a boas escolas e bons médicos, e assim
por diante.
Melhor ainda: o meu maior sonho é que todos os brasileiros
fossem felizes e saudáveis, vivendo em condições confortáveis e dignas, sob
todos os aspectos, com recursos próprios e que, pelos menos, 11 milhões de
famílias, dentre todas as famílias brasileiras fossem de empresários
milionários e que empregassem quase todos os demais com remunerações dignas e
ótimas condições de trabalho. Isso sim é querer o bem das pessoas! O resto é
populismo barato! Muito barato! Um simples “lulismo” inconsequente!
LUIZ RORATO
Escritor, poeta, revisor, editor, artista
plástico, ator, ilustrador, inventor,
Empresário, contabilista e Bacharel em Administração de Empresas, Membro do
Conselho Fiscal da APEP – Associação Paranaense de Escritores e Poetas,
Presidente da Associação Brasileira de Amparos às Crianças e aos Maiores Abandonados
– ABRACEM