segunda-feira, 9 de maio de 2011

REFLEXÕES SOBRE O ÓBVIO

O ATO DE EDUCAR

Entre meus pares mais próximos, eu sempre disse que o óbvio não precisar ser dito, porém, nos últimos tempos, parece que o Brasil foi acometido de uma estranha epidemia, ou foi atacado por algum tipo de vírus onde, por incrível que pareça, para entender o óbvio o indivíduo precisa ser gênio.
Um grande exemplo disso é a constatação pública e notória que muitos pais não se importam mais com a educação dos seus filhos e têm a falsa ideia que, quando eles entrarem na escola, aí então começarão a serem educados.
Ledo engano. A educação deve começar no berço, ou melhor, no útero da mãe.
Certa vez uma mãe levou o filho ao Pediatra e perguntou ao médico:
- Doutor, o meu filho já está com 4 anos, com que idade deveria começar a educá-lo?
O médico, espantado, porém seguro, respondeu:
- Você já está atrasada 4 anos e 9 meses...
Exageros à parte, é verdade. O feto, a partir de determinada idade, já começa a perceber o ambiente em que vive, as reações da mãe, do pai, enfim...
Assim, se as atitudes forem positivas, a criança que está em formação, terá boas referências, digamos assim, da vida intra-uterina, porém, se forem negativas...
Enfim, o ato de educar é obrigação essencialmente dos pais, e não dos professores, aos quais cabe apenas transmitir informações de natureza científica e artística, pois estarão cuidando dos pré-requisitos para a formação profissional da criança, enquanto que impor limites, ensinar o respeito ao próximo, noções de vida em comunidade e cidadania se aprende em casa.
Caso contrário, estará se criando uma geração de delinquentes, prontos para aumentar ainda mais as estatísticas da violência, em nosso país, capazes de matar seus próprios pais, por conta da falta de limites que não lhe foi imposta.


Luiz Rorato

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